segunda-feira, 13 de setembro de 2010

a tuna nova de paços de brandão

1ª- fila de pé da Esq. - Para a direita : Joaquim do Soqueiro , Eduardo da Pombalinda, Joaquim Moreira , António da Pombalinda , Joaquim Pereira da Silva , Carlos Sá dos Reis, Joaquim Carvalho Júnior , Rogério Pinto Coelho , Edmundo Carvalho , Alfredo Marques Serra e Luís dos Jerónimos .

2ª- fila - António do Cortador , Joaquim da Pombalinda , António dos Jerónimos , Francisco Maneta , Joaquim Alves da Rocha , Joaquim Ferreira Alves , Francisco Pinhão , António do Couta e Augusto dos Jerónimos .

Sentados no chão - Luís da Rola , Chico do Monte e Quim do Lino .



fundação da Tuna Nova de Paços de Brandão

Na verdade a localidade ficou sem qualquer Tuna a partir de então , havendo na verdade duas facções divididas e seguidoras de seus mestres , ajudando ao aparecimento duma nova formação musical. Apesar disso já havia um grupo de músicos liderados por Joaquim Alves da Rocha , todos ensinados em sua casa no lugar da Sobreira , denominando-a de Mini-Academia de Musica , paredes meias com a casa do seu Rival e ex-amigo destas andanças , Joaquim Macedo ; Durante o período 1909 – 1910 esta pequena banda denominada de Charanga do Ti Rocha chegou a repicar com as outras bandas , sem nunca ser na verdade uma tuna . Com a rivalidade ao rubro entre as duas facções musicais , o Mestre Rocha sentiu necessidade de formar uma tuna só sua e formada por músicos leais e seguidistas. E esse desejo concretizou-se com a ajuda de alguns amigos seus , pessoas influentes nos destinos desta terra e contrários ás ideias do contramestre Macedo que se julgava dono da Estudantina. Um jornal regional da época relatava o seguinte : ” No dia 24 de Maio de 1910 um grupo de bem intencionados rapazes da nossa terra , encabeçados pelo grande regente , Joaquim Alves da Rocha , constituíram um grupo musical denominado de Nova Tuna de Paços de Brandão . Depois de árduos esforços conseguiram reunir á harmonia delicada dos seus instrumentos , os seus flamejantes bonés e a luxuosa bandeira de seda de cores nacionais e letras de ouro. Da direcção ficou a cargo de Luiz Ferreira Alves e de Joaquim Ferreira Alves . Devido ao facto desta ter sido constituída durante as convulsões que conduziu á queda da Monarquia , foi apelidada de Republicana , mas não era totalmente verdadeira tal afirmação , porque nas suas fileiras, tanto havia adeptos republicanos como monárquicos , em suma , uma tuna democrata ; do mesmo não se podia dizer da outra tuna , porque a influencia do abade Celestino e de Joaquim Macedo só permitia adeptos Monárquicos . Por essa razão quando apareceu a Republica muitos reaccionários não aceitaram tal cenário , sendo por isso pedra de toque de divisionismo entre a população local , que aquando da investidura da Comissão Administrativa da Nova Republica ficou evidente a diferença de qualidade entre ambas , mas evidenciava a existência de duas tunas rivais e antagónicas. No dia 9 de Novembro de 1910 um jornal regional relatava : “ foi tomada posse a nova junta desta paroquia a comissão republicana liderada por Joaquim Teixeira Brandão , cujo o acto de posse revestiu um carácter festivo. Uma enorme quantidade de povo acudiu ao Largo da Igreja para saudar a nova junta e o advento da Republica. Estavam presentes as duas tunas daqui com as suas bandeiras e ao ser içada a nova bandeira da Republica pelo novo presidente , ambas tocaram a Portuguesa , apesar da talassa amarela de alguns , foram erguidos muitos e entusiásticos vivas , correspondidos delirantemente pela multidão .”(Gazeta de Espinho ). Pouco depois da sua fundação a Tuna Nova entre 1909 e 1912 foi convidada a varias saídas fora da localidade , tendo –se deslocado ás festas de Rio Meão , a Milheirós de Poiares ,( na qual sucedeu um caso caricato onde através de leilão a tuna ganhou um carneiro , este foi criado na Quinta do Rola e serviu depois de um repasto cozinhado por ti Manuel da Rola , organizou-se um cortejo em direcção á Fonte de Agua Suja no dia 12 de Setembro de 1913 , cuja tuna impecavelmente vestida a rigor seguiu no fim do cortejo a tocar as marchas <<>>,que por onde passou as pessoas adeptas da mesma muniram-se dos seus farnéis e lá passaram a tarde a fazerem companhia á tuna amiga ) (NPB) . Em Espinho em despique com a Tuna Vitalidade que era dirigida pelo maestro Fernando Matos , despiques esses que se repetiram diversas vezes , num claro afrontamento á outra tuna local ; a foto abaixo retrata essa cordialidade , onde ambas tunas repicaram no dia 21 de Abril de 1912 na freguesia de Paços de Brandão na Tapada dos Pepinos e que se fez seguir com um piquenique , que juntou gente de cá e dessa freguesia piscatória.

A convite do Grupo dos 5 de Espinho esta foi convidada por duas vezes em excursão , uma a Oliveira de Azeméis em 9 de Abril de 1911 e outra a Águeda em 14 de Abril de 1912 , onde em ambas deixou cartel e acrescentou um valor qualitativo ; sendo ainda de referir que em Setembro de 1911 foi organizada uma festa simpática na qual a direcção da Tuna Orquestra da União dos Empregados de Comercio do Porto , querendo agradecer as fraternas manifestações que recebera na sua passagem por esta freguesia durante uma função na Vila da Feira, veio cumprimentar o presidente e executantes da Nova tuna , tendo na parte de tarde havido um despique musical, onde se salienta a excelente performance da tuna local, cujo despique ficou perpetuado com uma foto de ambas na celebre Fonte da Água Suja nos terrenos de Ti Manuel da Rola . Com a chegada da Guerra de 1914 – 1918 alguns dos elementos foram incorporados no exercito , outros emigraram , reduzindo a uma quinzena de músicos , o que enfraqueceu em muito a qualidade desta tuna ;




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